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Inana ( /ɪˈnɑːnə/; em sumério: 𒀭𒈹; romaniz.: Dinanna, também 𒀭𒊩𒌆𒀭𒈾 Dnin-an-na) é uma antiga deusa mesopotâmica associada ao amor, ao erotismo, a fecundidade e a fertilidade. Apesar de ser alvo de culto em todas as cidades sumérias, era especialmente devotada em Ur. Ela foi originalmente adorada na Suméria e mais tarde foi adorada pelos acadianos, babilônios e assírios sob o nome de Istar ( /ˈɪʃtɑːr/; Dištar) Em sua homenagem, a sacerdotisa 'Enheduana compôs 42 hinos. Ela era conhecida como a "Rainha do Céu" e era a deusa padroeira do templo de Eana na cidade de Uruque, que era seu principal centro de culto. Ela estava associada ao planeta Vênus e seus símbolos mais importantes incluíam o leão e a estrela de oito pontas. Seu marido era o deus Dumuzi (mais tarde conhecido como Tamuz) e sua sucal (sukkal), ou assistente pessoal, era a deusa Ninsubur (que mais tarde se tornou a divindade masculina Papsucal).
Inana era adorada na Suméria desde o período de Uruque (de cerca de 4 000 a.C. até cerca de 3 100 a.C.), mas ela tinha pouca significância antes da conquista de Sargão de Acádia. Durante a era pós-Sargônica, ela se tornou uma das divindades mais veneradas no panteão sumério, com templos por toda Mesopotâmia. O culto de Inana-Istar foi continuado pelo povo de língua semítica oriental (acadianos, assírios e babilônios), que absorveu os sumérios na região. Ela era especialmente amada pelos assírios, que a elevaram para se tornar a divindade mais alta do panteão, ficando, até mesmo, acima do deus nacional Assur. Inana-Istar é mencionada na Bíblia Hebraica e ela influenciou bastante a deusa fenícia Astarte, que mais tarde influenciou o desenvolvimento da deusa grega Afrodite. Seu culto continuou a florescer até seu declínio gradual entre o século I e VI, com o nascer do cristianismo, embora tenha sobrevivido em partes da mesopotâmia superior entre as comunidades assírias no final do século dezoito.
Inana aparece em mais mitos do que qualquer outra divindade suméria. Muitos de seus mitos envolvem ela dominar outras divindades. Acredita-se que ela tenha roubado o mes, que representava todos os aspectos positivos e negativos da civilização, de Enqui, o deus da sabedoria. Também se acreditava que ela havia tomado o templo de Eana de An, o deus do céu. Ao lado de seu irmão gêmeo Utu (mais tarde conhecido como Samas), Inana era a executora da justiça divina; ela destruiu o Monte Ebi por ter desafiado sua autoridade, desencadeou sua fúria contra o jardineiro Sucaletuda depois que ele a estuprou enquanto dormia, e localizou a bandida Bilulu e a matou em retribuição divina por ter assassinado Dumuzi. Na versão acadiana padrão da Epopeia de Gilgamés, Istar pede que Gilgamés se torne seu consorte. Quando ele se recusa, ela libera o Touro do Céu, resultando na morte de Enlide e nos subsequentes conflitos de Enquidu e Gilgamés com sua mortalidade.
O mito mais famoso de Inana-Istar é a história de sua descida e retorno de Cur, o antigo submundo sumério, um mito em que ela tenta conquistar o domínio de sua irmã mais velha Eresquigal, a rainha do submundo, mas é acusada e considerada culpada de arrogância pelos sete juízes do submundo e morta. Três dias depois, Ninsubur pede a todos os deuses que tragam Inana de volta, mas todos a recusam, exceto Enqui, que envia dois seres sem sexo para resgatar Inana. Eles escoltam Inana para fora do submundo, mas os galla, os guardiões do submundo, arrastam seu marido Dumuzi para o submundo como seu substituto. Dumuzi finalmente pode retornar ao céu por metade do ano, enquanto sua irmã Gestinana permanece no submundo pela outra metade, resultando no ciclo das estações.